Óla Tributos hoje é sexta, e como devem saber hoje é dia de Arena Voraz "Bookjay".
Assim como muitos tributos eu tenho procurado um livro que consiga cobrir o vazio que a Trilogia Jogos vorazes deixou. Starters vem sendo apontado como o possível "sucessor" de Jogos vorazes, pela semelhança da história. Confira a resenha de Starters:
Lissa Price criou uma narrativa permeada de mistérios, incansável e impecavelmente imprevisível, passível de proporcionar sensações distintas no leitor. Tudo foi escrito com esmero — e maestria, até certo ponto —, e, muito embora não seja entre os representantes distópicos o melhor, Starters é um livro certamente digno do gênero ao qual pertence, devendo, assim, ser plenamente degustado.
A história? No futuro, a Guerra dos Esporos será a causadora das mortes de todas as pessoas entre 20 e 60 anos. Os menores de 20 anos, então, ficaram conhecidos como Starters, e os maiores de 60 anos como Enders (cuja expectativa de vida pode chegar aos 200 anos). Callie Woodland e o seu irmão, Tyler, são Starters. Seus pais morreram na Guerra dos Esporos e eles não têm qualquer parente vivo. Moram em um prédio abandonado em Beverly Hill, com os seus camaradas e o amigo Michael, lutando para sobreviver dos inspetores (que os levariam às terríveis Instituições) e dos renegados (Starters como eles que os matariam por um pouco de comida).
Até que Callie toma conhecimento da Prime Destinations, uma empresa secreta cujo comércio é alugar os corpos de adolescentes aos Enders. Callie tem que ajudar Tyler, que está doente, e, sem qualquer outra perspectiva, ela vai ao Banco de Corpos e se torna uma doadora, assinando um contrato de três alugueis à Prime Destinations. Os dois primeiros aluguéis são bem-sucedidos. Mas no terceiro aluguel (de um mês), tudo muda… Um dinheiro por um aluguel que deveria melhorar a sua vida acaba sendo o primeiro passo para uma luta pela sua sobrevivência.
"E ali estava eu, oferecendo-me voluntariamente para passar por uma cirurgia. Em meu cérebro, de todos os lugares. Provavelmente a parte do meu corpo de que eu mais gostava. Ninguém nunca reclamava sobre ter um cérebro gordo. Ninguém acusava seu cérebro de ser alto ou baixo demais, largo ou estreito demais. Ou feio. Ou a coisa funcionava ou não funcionava. E o meu funcionava muito bem.”
Cativante, a obra esbanja uma combinação intricada de aflição e entretimento, mantendo preso o seu leitor com eficácia irrefutável. A trama, sólida e bem amarrada, divide espaço juntamente de um elenco atraente (cheio de surpresas que apenas lendo se pode perceber). Além de tudo, Callie é uma protagonista forte e carismática, como de costume em distopias. Suas escolhas são respeitáveis e ela não é medrosa. Ela faz o que tem que fazer, e isso é o melhor.
Narrada em primeira pessoa sob a visão de Callie, a história segue num ritmo ascendente. Os acontecimentos vão ganhando substância e gravidade à medida que as páginas vão sendo transpostas. Deste modo, enquanto que o começo pode soar um tanto moroso, do meio para o fim a narrativa se aquece — sobretudo devido à imprevisibilidade, que nos faz esperar por algo que não acontece e nos leva por um rumo totalmente inesperado —, e, neste meio tempo, largar o livro se torna uma tarefa impossível.
O final é angustiante, daqueles pelo qual você anseia fervorosamente pela continuação. Devido aos ganchos articuladamente deixados durante o decorrer da narrativa, imagino que ainda acontecerão muitas reviravoltas nos próximos capítulos da série.
O livro expõe uma sociedade cujas distinções sociais são claras. Os Starters são naturalmente negligenciados, uma vez que a expectativa de vida dos Enders é de 200 anos; assim, a melhoria de vida desse último grupo, bem como as modificações corporais às quais eles são sempre submetidos, proporcionou-os o retorno ao mercado de trabalho, não havendo qualquer serventia imediata para os Starters (que, ainda por cima, contavam com uma lei que os restringia trabalhar até a maioridade, aos 19 anos).
Starters discute, também, questões acerca do preconceito, do poder e daqueles que o possuem; das manobras, às vezes cruéis, que são realizadas para que um grupo possa satisfazer os seus desejos. Discute, explicitamente, que aqueles que não têm tanto sempre serão menosprezados pelos que detêm muito.
"(…) — Você nem vai conseguir se reconhecer quando terminarmos.
— É disso que tenho medo.”
Uma verdadeira distopia. Plausível em sua essência, excelente em sua descrição. Viciante e… sobretudo, imperdível.
"Não confie em ninguém".
Bem Tributos esta foi a Resenha desta semana, se você tem algum livro ou filme é gostaria que fosse postada comente. Espero que tenham gostado e até a próxima!
0 comentários:
Postar um comentário